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Ela vai pra balada, se diverte e bebe. Cai, dá vexame. Dança a noite inteira, volta para casa com alguém onde ela tenta encontrar certas coisas, mais sabe que só encontra em uma pessoa, ele. Todas as suas noites terminam assim: com um vazio mais sempre com um gostinho de quero mais. Tem um estilo incomum: roupas, maquiagem, acessórios, cabelo, um estilo próprio. Tem um ar poético, um olhar distante e enigmático. Gosta de chamar a atenção, discorda de tudo o que acha errado, é um tanto quanto pensativa, é uma observadora distraída. Garota de personalidade fortíssima! É o típico de garota incompreendida. Tem poucos amigos mais muitos colegas, não tem receio em falar palavrões adora falar o que pensa sem medo. Não freqüenta todos os lugares, é quase uma anti-social; tem pouca convivência com seu pai, confia cegamente em sua mãe e nela encontra uma solução para sua angustia. Entre ela e sua mãe existe um sentimento inexplicável, pena que as vezes nenhuma delas sabem demonstrar isso . Vive em seu mundinho impenetrável. Com seus livros, músicas, com seus pensamentos. Quando triste se isola em seu refúgio que é seu quarto que é o único lugar em que se sente bem, que sabe que pode desabar. O que ocorreu para que seu comportamento se tornasse tão duro, tão hostil assim? Ela tinha sentimentos e também era sensível. Não que tenha deixado de ser e sentir, mas com o tempo deixou de demonstrá-los! Porque assim como fizeram com os outros, destruíram seus sonhos, um por um. Provaram que os valores são outros, mostraram com frieza como ela deve ser e como deve agir. Ela deixou de acreditar em muitas coisas e também sabe que isso tende há ficar cada dia pior. Sabe bem onde vive: numa sociedade de valores invertidos. E enquanto tudo isso passa ela vive uma vida toda para dentro: lendo, escrevendo, sentindo. Até que a tempestade lá fora acabe e encontre alguém para reconstruir as sobras que a chuva deixou!